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A patologia sistêmica examina:
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As alterações e os mecanismos subjacentes das doenças específicas de determinado órgão, tais como a doença cardíaca isquêmica.
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Os quatro aspectos de um processo de doença que formam o cerce da patologia são:
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Sua causa (etiologia), os mecanismos bioquímicos e moleculares (patogenia e patogênese), as alterações estruturais provocadas nas células e órgãos do corpo (alterações morfológicas) e as consequências funcioanis dessas alterações (manifestações clínicas).
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Embora existam inúmeros fatores que causam a doença, todos podem ser agrupados em duas classes:
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Genéticas (mutações hereditárias e variantes genéticas associadas a doenças ou polimorfismo) e adquiridos (ex, doenças infecciosas, nutricionais, por agentes químicos ou físicos)
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A patogenia se refere à sequência de eventos celulares, bioquímicos e moleculares que decorrem da exposição das células ou tecidos a um agente lesivo
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Genes mutantes subjacentes a um grande número de doenças já foram identificados, mas as funções das proteínas codificadas e como essas mutações provocam a doença - potogenia - ainda não são totalmente compreendidas.
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As alterações morfológicas referem-se às alterações estruturais nas células ou tecidos que são características de uma doença, ora diagnósticas de um processo etiológico.
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Lesões morfologicamente idênticas podem surgir através de mecanismos moleculares distintos
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Perturbações funcionais e manifestações clínicas
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Os resultados finais das alterações genéticas, bioquímica e estruturais nas células e tecidos são anormalidades funcionais, as quais provocam as manifestações clínicas
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A célula normal está limitada, em suas funções e estrutura, a uma faixa de variação de metabolismo, diferenciação e especialização; por restrições pelas células vizinhas; e pela disponibilidade de substratos metabólicos.
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No entanto, ela é capaz de dar conta das demandas fisiológicas, mantendo um estado de equilíbrio chamado de homeostase. as adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis às alterações fisiológicas ou a alguns estímulos patológicos, durante, as quais um novo estado de equilíbrio, alterado, é alcançado. A resposta adaptativa pode consistir em um aumento no tamanho das células (hipertrofia) e da sua atividade funcional, um aumento do número de células (hiperplasia), uma diminuição do tamanho e da atividade metabólica das células (atrofia) ou uma mudança do fenótipo das células
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Adaptação: fisiológica ou patológica nas quais é atingido um estado novo mas alterado, preservando a viabilidade da célula.
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Lesão celular: ocorre quando os limites das respostas adaptativas a um estímulo forem excedidos, ou em alguns casos, quando a adaptação não é possível.
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Se os limites das respostas adaptativas forem excedidos ou se as células forem expostas a agentes ou estímulos nocivos, privadas de nutrientes essenciais, ou ficarem comprometidas por mutações que afetam constituintes celulares essenciais, ocorre uma sequência de eventos denominada lesão celular
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A lesão celular é reversível até certo ponto, mas se o estímulo persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível.
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Autofagia
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Privação de nutrientes induz uma resposta celular adaptativa chamada autofagia, que pode culminar em morte celular.A autofagia é uma resposta adaptativa que é reforçada durante a privação de nutrientes, permitindo que a célula se canibalize para sobreviver.
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Hipertrofia refere-se ao aumento do tamanho das células que resulta no aumento do tamanho do órgão afetado
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O tamanho aumentado das células, é devido à síntese e à incorporação de novos componentes estruturais intracelulares. ~células com capacidade de divisão podem responder aos estímulos sofrendo tanto hiperplasia quanto hipertrofia.
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A hipertrofia pode fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento. ~o estímulo mais comum para hipertrofia do músculo é o aumento de carga de trabalho.
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O proeminente crescimento fisiológico do útero durante a gestação constitui um bom exemplo de aumento de órgão induzido por hormônios, resultante principalmente de hipertrofia uterina das fibras musculares.
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Hipertrofia é o resultado do aumento na produção das proteínas celulares
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(hipertrofia cardíaca) pode estar associada com uma troca de proteínas contráteis do tipo adultas para uma forma fetal ou neonatal. Por exemplo, durante a hipertrofia muscular, a isoforma alfa da cadeia pesada de miosina é substituída por isoforma beta, a qual pormove uma contração mais lenta e energeticamente mais econômica. além disso, alguns genes, que são expressos apenas durante o desenvolvimento inicial, são reexpressos em células hipertríficas, e os produtos desses genes participam na resposta celular ao estresse.
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Hiperplasia é definida como um aumento no número de células em um órgão ou tecido em resposta a um estímulo, podendo ser fisiológica ou patológica é resultado da proliferação de células maduras induzidas por fatores de crescimento, e em alguns casos o aumento ocorre pelo surgimento de novas células a partir de células-tronco teciduais.
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A hiperplasia fisiológica devido à ação de hormônios ou fatores de crescimento ocorre em várias circunstâncias: quando há necessidade de aumentar a capacidade funcional dos órgãos hormônio-sensíveis; quando há necessidade de aumento compensatório após lesão ou ressecação Hiperplasia patológica, em sua maioria, é causada pela ação excessiva ou inapropriada de hormônios ou fatores de crescimento sobre suas células-alvo.
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No câncer, os mecanismos de controle do crescimento tornam-se desregulados ou ineficientes devido às anormalidades genéticas existentes, resultando em proliferação incontrolável
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Desse modo, embora a hiperplasia seja diferente do câncer, a hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual a proliferação cancerosa pode, eventualmente, surgir.
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