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Vareniclina
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Agonista parcial dos receptores nicotínicos α4β2. Todavia, o seu período de semi-vida, leva a que as suas acções sejam consideradas de facto antagonistas – de facto, esse elevado período de tempo impede que a nicotina se ligue aos receptores nicotínicos α4β2, exercendo o seu efeito estimulante que cursa com a libertação de dopamina. Assim, a vareniclina é clinicamente utilizada na cessação tabágica. Os seus efeitos laterais incluem náusea, insónia e exacerbação de doenças psiquiátricas (nomeadamente ansiedade e depressão).
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Epibatidina
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Antagonista dos receptores nicotínicos com propriedades analgésicas. Apresenta pouca selectividade para os receptores nicotínicos, o que acarreta vários efeitos laterais, que limitam o seu uso na prática clínica. Em termos químicos, é um alcalóide natural extraído da pele de um sapo.
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Tróspio
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Antagonista muscarínico não-selectivo, utilizado no tratamento da incontinência urinária (sobretudo, em pacientes com patologia neurológica) e dos espasmos vesicais que se desenvolvem após cirurgia urológica.
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Otilónio
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Anti-muscarínico utilizado na terapêutica de estados espasmódicos do tracto gastro intestinal. Os seus efeitos adversos incluem secura de boca, taquicardia, retenção urinária e agravamento de glaucoma. Não deve ser utilizado em situações de doença obstructiva intestinal, colite ulcerosa, megacólon e miastenia gravis.
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Clidínio
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Antagonista dos receptores muscarínicos, quimicamente pertencente à classe das aminas quaternárias. Utilizado na terapêutica da doença ulcerosa péptica, da hipermotilidade gastro-intestinal, e de patologias genito-urinárias.
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Zamifenacina
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Antagonista muscarínico selectivo para os receptores M3 intestinais. Na prática clínica, é utilizada na terapêutica da síndrome do intestino irritável, não induzindo efeitos laterais significativos.
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Solifenacina
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Antagonista selectivo dos receptores muscarínicos M3. Na prática clínica, é utilizada no tratamento da incontinência urinária (sobretudo, em pacientes com patologia neurológica) e dos espasmos vesicais que se desenvolvem após cirurgia urológica. Quando comparada com a oxibutinina e com o tróspio, apresenta maior selectividade para os receptores M3 e maior período de semi-vida.
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Mebeverina
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Anti-muscarínico utilizado na terapêutica de estados espasmódicos do tracto gastro intestinal (incluindo da síndrome do intestino irritável). Apresenta boa tolerância, não acarretando efeitos laterais significativos, quando administrada em doses terapêuticas.
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Toxina pertussis
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Toxina bacteriana capaz de inactivar a proteína Gi. Como estão acoplados à proteína Gi, os receptores muscarínicos M2 e M4 são sensíveis à acção da toxina pertussis (não podendo ser activados na presença desta toxina). Já os receptores muscarínicos M1, M3 e M5 são considerados insensíveis à toxina pertussis, uma vez que estão acoplados à proteína Gs.
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Toxina colérica
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Toxina produzida pelo Vibrio cholerae, que favorece a secreção de acetilcolina ao nível da junção neuroepitelial (por via de reflexos neuromotores) e consequente ligação da acetilcolina a receptores muscarínicos M3.
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Latrotoxina
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Toxina produzida pela aranha viúva negra, que actua ao nível das vesículas adrenérgicas e colinérgicas, causando uma libertação maciça de adrenalina e acetilcolina.
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Cloroanfetamina
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Derivado da anfetamina, que promove a libertação de monoaminas, de modo similar ao MDMA (mas com neurotoxicidade superior). Inibe a síntese de serotonina.
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Fenilpropanolamina
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Agente simpaticomimético indirecto, que promove a libertação neuronal de noradrenalina. Antigamente era utilizada como supressora do apetite, mas foi retirada do mercado, porque aumenta o risco de AVC hemorrágico.
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I-meta-iodo-benzilguanidina (MIBG)
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Substrato do transportador de noradrenalina, que é captado pelas células tumorais e que, por isso, pode ser utilizado para localizar feocromocitomas e as suas metástases.
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Metileno-dioximetanfetamina (MDMA ou ecstasy)
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Actua de modo similar às anfetaminas, promovendo a libertação de aminas biológicas, através de uma alteração conformacional dos seus respectivos receptores. Apresenta afinidade preferencial para o transportador da serotonina, contribuindo para o aumento da concentração extracelular de serotonina (e para a depleção deste neurotransmissor). Antigamente, a MDMA foi utilizada em psicoterapia, mas esse uso foi descontinuado, sabendo-se actualmente que esta substância não tem efeitos medicamente úteis. A MDMA é considerada uma droga, visto causar uma série de efeitos tóxicos, nos quais se incluem a hipertermia, desidratação, síndrome da serotonina (alteração do estado mental, hiperactividade autonómica e anomalias neuromuscular), tonturas e perturbações cognitivas a longo prazo (apesar de, a curto prazo, a MDMA aumente os sentimentos de intimidade e empatia, sem impedir as capacidades intelectuais).
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