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Rifabutina (acções adversas e toxicidade)
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Acções adversas e toxicidade: Quando administrada em elevadas quantidades (ou em conjunto com o ritonavir - um inibidor do citocromo CYP3A), pode induzir leucopenia, artralgias, descoloração cutânea e uveíte. Para além disso, a rifabutina pode causar hepatotoxicidade, eritema e descoloração dos fluidos corporais (expectoração, urina, suor e lágrimas).
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Rifabutina (uso terapêutico)
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Uso terapêutico: Uso como substituto terapêutico da rifampicina em doentes intolerantes a este último tuberculostático. Para além disso, é usada em doentes simultaneamente medicados com fármacos com os quais a rifampicina interage.
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Linezolido
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O linezolido é utilizado no tratamento de tuberculose multirresistente, em associação com outros fármacos de segunda e terceira linha. Este antibiótico atinge boas concentrações intracelulares, mas, quando administrado por longos períodos de tempo, induz vários efeitos adversos significativos, os quais incluem supressão da função medular e neuropatia irreversível óptica e periférica. Assim, apesar da sua eficácia, o linezolido deve ser considerado um fármaco de último recurso para o tratamento da tuberculose, devendo apenas ser usado no tratamento de infecção por estirpes multirresistentes que se revelem insensíveis a outros agentes.
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Fluoroquinolonas activas contra Mycobacteria
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Ciprofloxacina, Gatifloxacina, Levofloxacina, Movifloxacina, Ofloxacina
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Levofloxacina
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Utilizada em portadores de bacilos resistentes a outros fármacos, ou em situações em que seja impossível recorrer ao uso de fármacos de primeira linha. As suas principais acções adversas incluem náuseas, tonturas, insónias, trémulo, cefaleias, prurido e fotossensibilidade. Dada a sua acção teratogénica, a levofloxacina encontra-se contra-indicada na gravidez.
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Estreptomicina (mecanismo de acção)
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In vivo, a estreptomicina apresenta actividade bacteriostática contra o bacilo de Koch, uma vez que apenas nos bacilos que se encontram no meio extracelular (a estreptomicina não penetra facilmente no meio intracelular).
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Estreptomicina (farmacocinética)
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Absorção: A estreptomicina não é absorvida por via oral, devendo, por isso, ser administrada por via intra-muscular e subcutânea.
Distribuição: Atinge concentrações terapêuticas nos pulmões e gânglios, mas distribui-se relativamente mal para a pleura e meninges.
Excreção: Maioritariamente por via renal.
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Estreptomicina (efeitos adversos)
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Os seus efeitos laterais mais graves incluem acção tóxica sobre o nervo vestíbulo-coclear, nefrotoxicidade, e reacções de hipersensibilidade. Em situações de resistência ou intolerância, a estreptomicina pode ser substituída pela canamicina ou pela capreomicina, dois aminoglicosídeos que apresentam efeitos adversos similares.
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Rifampicina (mecanismo de acção e espectro anti-microbiano)
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Mecanismo de acção: Inibição da síntese do RNA, por ligação (e bloqueio) à subunidade β da RNA-polimerase dependente do DNA.
Espectro anti-microbiano: A rifampicina é activa não só contra várias micobactérias (incluindo M. tuberculosis, M. kansasii, M. scrofulaceum, M. intracellulare e M. avium), mas também contra a maior parte das bactérias gram-positivas e contra algumas bactérias gram-negativas (tais como a E. coli, Pseudomonas, Proteus, Klebsiella, e Neisseria meningitidis). |
Rifampicina (farmacocinética)
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Absorção: Boa absorção por via oral.
Distribuição: Boa distribuição para a generalidade dos tecidos, incluindo para o tecido de caseificação. Intensa ligação às proteínas plasmáticas
Biotransformação: A rifampicina sofre ampla biotransformação por desacetilação, originando um metabolito que conserva actividade anti-bacteriana.
Excreção: Maioritariamente por via biliar. |
Rifampicina (acções adversas e toxicidade)
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Os efeitos adversos mais comuns incluem eritema, febre, náuseas, vómitos, icterícia e hepatite; sendo que a incidência destes efeitos aumenta aquando da administração intermitente de rifampicina. Para além disso, a rifampicina é um potente indutor enzimático, motivo pelo qual promove um aumento da velocidade de metabolização de vários fármacos, nos quais se incluem as sulfonilureias, os corticosteróides, a metadona e os anti-coagulantes anovulatórios.
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Rifampicina (uso terapêutico)
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Tal como a isoniazida, a rifampicina (um dos mais eficazes anti-tuberculosos) deve sempre ser associada com outros anti-tuberculosos. A rifampicina pode ainda ser usada na terapêutica da endocardite estafilocócica e da osteomielite, bem como na profilaxia da meningite por Neisseria meningitidis ou Haemophilus influenzae (em associação com a vancomicina ou com um β-lactâmico).
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Pirazinamida (mecanismo de acção e espectro de acção)
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Mecanismo de acção: Disrupção da membrana micobacteriana.
Espectro anti-microbiano: Restrito ao Mycobacterium tuberculosis. |
Pirazinamida (farmacocinética)
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Absorção: Boa absorção por via oral.
Distribuição: Boa distribuição tecidular, incluindo para o sistema nervoso central.
Biotransformação: Ampla biotransformação por hidrólise seguida de hidroxilação, originando ácido 5-hidroxipirazinóico.
Excreção: Maioritariamente por via renal.
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Pirazinamida (acções adversas e toxicidade)
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As suas acções adversas são raras e incluem reacções alérgicas, dores articulares e hiperuricemia. Quando administrada em doses terapêuticas, a pirazinamida é muito raramente causa de alterações hepáticas.
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